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domingo, 23 de agosto de 2015

VIDA


Vai acontecendo o óbvio
De coisas que nem creio
Mas a vida encarregasse de os trazer
E sem nada a fazer

Vou lacrimejando por ser filho sem pai
E sempre que uma lágrima cai
Minha ancora também vai
Mas para perecer por último ela volta
E outras lembranças trás e cria
Lembranças de coisas que eu não cria
E coagindo-me ela me faz crer

E o sol nasce bem ao pé da minha janela
Penetrando desperta me na minha esteira
Como quem diz livre se dela
Mas, não e que eu não queira
A questão é. aonde irei?
onde mendigarei?

Marcado e fatigado de dormir nessa esteira
Levo o saco vazio fortuna deixada por meu pai
Oro dizendo ate quando meu Deus…
Onde estas oh anjo da guarda
Que a minha mãe tanto falou
Oh Deus porque não eu se muitos ajudou?

E na sombra do meu falecido vou deitar



Álvaro da Graça

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