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quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Não esqueça

Não Esqueça

Penejo este poema palavriando em meu coração
E nesta mesclassidade camuflada de ovelha
Como poeta feliz escrevo-te minha tristeza
Para que não esqueças
Nunca
Que desejei-te, e me faltando tu, a morte também
No mais íntimo e doído sentimento de amor
E, se é verdade que Deus é justo em sua ira, será cobrado meu sangue nas tuas mãos
Desejo, outrossim, que em seguida te atormente o meu espírito
Até que a morte separe teu corpo e alma
Por extenso teu espírito seja por mim escravo
E não esqueças nunca...
Que este poema seja tua sombra
E a escuridão do teu dia seja eu
E não esqueças
A eternidade deste amor mal beijado
Dos escritos que sobejamente estou gravando em sua memória
E mais, algumas marcas cravadas nas costas destes versos
E do vermelho que jorra para purificar qualquer que seja o pecado
Cometido por amor e sem arrependimento
Para que nada se apague...
E nunca esqueça
Nem pelo vento que tudo leva
Nem pelas águas que tudo afundam
Nem pelo fogo que tudo queima
Nem pela terra que tudo torna pó
Nem pela morte que tudo separa, eternamente
Sem fim quero que...
Por isso te escrevo
Para que não esqueças
O eterno mal vivido romance que ao teu lado sempre sonhei viver...

De Álvaro Da Graça

domingo, 22 de julho de 2018

TENHO CIÚMES

TENHO CIÚMES

Quando penso que os teus olhos, podem estar olhando outros olhos
Que pode tua mente, pensar noutra gente
Que sim, não me trai, mas podem um dia te atrair (as pessoas)

TENHO CIÚMES

Quando penso que outros olhos pela rua estão te fitando
Que suas mentes estão te desejando
Que embora me pertenças e eu a ti, algumas dentre gente também, querem te pertencer

TENHO CIÚMES

Quando lembro que não só existes para mim, mas também para o mundo
Que o mundo pode te ver, pode te tocar, pode te falar
Que vais respirar o mesmo ar que outras pessoas
Que quando te vestes, quando te perfumas, em ti acharão beleza , sentirão o teu cheiro e terão a cara de pau de te dizer...

TENHO CIÚMES

Quando imagino
Que podes estar sorrindo alegre por qualquer coisa banal
Que o teu dia está sendo ótimo, maravilhoso, mas eu não sou o motivo

TENHO CIÚMES

Da cadeira que usas para sentar (podia ser o meu colo)
O copo que nele bebes a água (podia ser minha boca)
O corrimão das tuas escadas (podia ser a minha mão)
A roupa que te cobre (podia ser o meu corpo)
Tudo que podes ver a sua volta até o infinito mar (podia ser eu)
Tenho Ciúmes do teu criador, queria que fosses minha obra prima

TENHO CIÚMES de ti, queria eu ser voce...

By: Álvaro Da Graça

segunda-feira, 21 de maio de 2018