EMBRIAGUEZ
Embriaguez
mental
Delírio
informal
Minha
mente embriagada delira na sensatez da lembrança
Daquele
poema declamado nos seus olhos
Contemplando
meus movimentos
Minha
mente delira
Tomada
como um homem envolvido pela uputso
Na
embriaguez de um vinho português
De
compra sem ganho faço-me fragues
No
acabar desse talismã
Choramingo
fatigado
Jubilo
alegrado
Pois
não vejo a hora dessa babalaza passar
Num
piscar de olhos
Como
um louco solto gargalhadas
Vejo
gente de todo tipo
Vivendo
como rios de águas vivas
Num
estalar de dedos
Meus
olhos para vida ficam cegos
Desanima
meu gosto em tudo
Um
vulcão explode dentro de mim
E
como se algo me convidasse a viver os tempos remotos
Levantam
se os hormônios que jaziam mortos
E
vem a ku pfuka dos espíritos tortos
Ferve
da medula óssea ate o sangue
E
um convite
E
como disse o Camões
Dor
que desatina sem doer
Ai
se eu pudesse na vida escolher
Vai
convidando-me esse vício
Caio
de joelhos
Na
lembrança daquele desejo de vela nua
Suspiro
embriagado
Nos
seus pés
Eu...
De:
Álvaro da graça
Sem comentários:
Enviar um comentário